Allied – estreia a 1 de dezembro, em Portugal – representa o drama romântico de época contextualizado no ambiente dos jogos de espionagem e sabotagem da 2.ª Guerra Mundial, protagonizado pelo ator Brad Pitt e pela atriz Marion Cotillard.
Em 1942, Max Vatan (Brad Pitt) espião e agente dos Serviços Secretos Canadianos, conjuntamente com Marianne Beausejour (Marion Cotillard) espia e agente secreta da Resistência Francesa, executam uma missão perigosa no norte de África, na cidade de Casablanca, em Marrocos, com o intuito de assassinar um embaixador alta patente do exército Nazi.
Eventualmente apaixonam-se, protagonizam um romance ardente – com direito a cinema de autor – e consumam o enlace, vivendo momentos de idílio amoroso e familiar felizes, na cidade de Londres.
Os dias de amor entre o casal sofrem o revés das suspeições que conotam Marianne como agente dupla ao serviço da Alemanha Nazi, motivadoras da investigação pessoal de Max sobre a identidade enigmática, personalidade e passado misterioso da sua mulher.
O final é trágico, mas ficará à consignação dos cinéfilos, sem spoiler da minha parte.
Allied tem a pretensão de ser um romance de época exuberante, sem chegar a atingir esse potencial ou dinâmica. Sustenta-se na boa interpretação e psicologia das emoções e comunicação – verbal e física – de Marion Cotillard, mas sem a devida réplica por parte de Brad Pitt que fica apenas pela vertente mediática, comercial e mainstream... Falta cumplicidade ou química a este casal...
Drama, ação, História, suspense e sobretudo romance, Allied vale a pena pelos cenários e pelas indumentárias exuberantes, acompanhados pelo pendor clássico e orquestral enigmáticos da banda sonora, catalisadores do ambiente vintage, bastante fotográfico ou postal – aspetos que remetem para a realização competente de Robert Zemeckis –, formando um excelente pano de fundo que serviria o tal drama romântico de época conforme a demanda da ação e do próprio filme que plasma o início auspicioso em termos do legado cinematográfico emblemático associado à cidade marroquina de Casablanca sob o domínio da França do governo de Vichy (1940-1944) do Marechal Pétain, regime colaboracionista com a ocupação nazi...
Contudo essas feições romântica, trágica ou até mesmo épica nunca chegam a acontecer na sua plenitude. Allied é uma longa-metragem satisfatória, bem escrita, encenada e filmada, mas falta chama à interpretação de Brad Pitt.
Contudo essas feições romântica, trágica ou até mesmo épica nunca chegam a acontecer na sua plenitude. Allied é uma longa-metragem satisfatória, bem escrita, encenada e filmada, mas falta chama à interpretação de Brad Pitt.
CA
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