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JACK REACHER: NEVER GO BACK – Tom Cruise


Jack Reacher: Never Go Back – estreia a 20 de outubro, em Portugal – integra o franchise cinematográfico da adaptação para filme dos romances e shorts policiais homónimos, escritos pelo autor britânico Lee Child. Protagonizado pelo ator célebre Tom Cruise, conglomera nomes notáveis de Hollywood, em termos de filmagem e produção, concretamente o trabalho do experiente realizador Edward Zwick, associado a diversas longas-metragem reconhecidas pelo grande público, tais como Tempo de Glória (1989); Shakespeare in Love (1998); Traffic (2000); The Last Samurai (2003); Blood Diamond (2006); e Defiance/Resistentes (2008); a par da dinâmica e criatividade reconhecidas ao roteirista, produtor e realizador Christopher McQuarrie, vinculado a projetos mais recentes: Valkyrie (2008); Edge of Tomorrow (2014); Mission Impossible 5: Rogue Nation (2015); e inclusive o primeiro filme de Jack Reacher, de 2012, adaptação da narrativa policial One Shot, publicada em 2005.

Never Go Back oferece ação e aventura dramatizadas em ambiente de crime e mistério. No centro da trama, está Jack Reacher, um justiceiro à margem do sistema, algo ao estilo de Soldados da Fortuna, mas a solo, que, de alguma forma, acaba por combater os vícios e males da civilização, ao desmascarar complôs e maquinações, desfeitear criminosos e malfeitores, mobilizando competências e capacidades adquiridas no seu passado militar.

No espírito original da dramatização policial, Jack Reacher enquadra-se no tipo físico referente a 1.98 cm de estatura, mais ou menos 100 a 115 kg, olhos azuis e cabelo louro.
Dificilmente Tom Cruise encaixa na descrição desse colosso, mas, em compensação, confere à versão-cinema de Jack Reacher as proezas, inteligência e improviso de Ethan Hunt, uma certa dose de altruísmo e elevação moral de LT. Daniel Kaffee (Uma Questão de Honra 1992), combinados com uma forma de ser intratável, dura de roer, old school, temperada pelo sarcasmo e humor algo destrutivo, aspetos dignos do detetive Dirty Harry, interpretado por Clint Eastwood: "Do I Feel Lucky... Do You Punk?". Desse modo, Tom Cruise empresta realismo à personagem, convence o espectador, torna o enredo interessante e engraçado de seguir.

Nesta aventura, Jack Reacher regressa à base militar onde serviu, na Virgínia, em função do encontro romântico com a Major Susan Turner interpretada pela atriz Cobie Smulders –, que é a atual comandante da sua antiga unidade de investigação na polícia do exército. Constata que ela se encontra presa, suspeita e acusada de traição por divulgar informações secretas. 
J. R. inicia uma investigação por conta própria que acaba por desmascarar e interferir nos interesses de uma vasta conspiração corporativa e governativa. Eventualmente, sofre antagonismos e acusam-no outra vez de homicídio. Luta para ilibar Turner e limpar o próprio nome. Em suma, exibe todas as suas facetas de renegado.

Never Go Back confirma a apetência de Tom Cruise, nos filmes de ação, para formar parelhas dinâmicas com personagens femininas, que podem ser a companheira versátil de "cruzada" ou apenas a "dama em apuros". 
No primeiro filme, Jack Reacher fez equipa com a advogada Helen, interpretada pela belíssima atriz Rosamund Pike. 
Na recente MI 5: Rogue Nation, a atriz Rebecca Fergunson foi coprotagonista de Tom Cruise, no papel da agente secreta Isla Faust, aliás, integrou-se na equipa MI, aspeto motivador da sua inclusão no elenco do próximo filme. 
Por fim, J. R. Never Go Back conta com a atriz Cobie Smulders, que catalisa toda a experiência adquirida nos filmes Avengers e participação em alguns episódios da série de TV Marvel Agents of S.H.I.E.L.D.


A intriga amorosa, inerente à premissa base de J. R. Never Go Back, acicata dúvidas por parte da crítica, conotada como flop lamechas que prejudica e enfraquece a estória. Pelos vistos, Tom Cruise, depois de estar novamente "disponível", voltou a ser um "pinga-amor". De igual modo, algumas críticas contestam a previsibilidade da intriga, até porque no plano comparativo, o primeiro filme assumia mais o aspeto de thriller

Never Go Back pode ficar aquém da envolvência e emoção, mas é um bom filme de ação. Nessa medida, merece lugar de destaque no entretenimento cinematográfico deste ano. 

CA 

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