A "normalidade" não existe, é um mito social e urbano personificado na forma de preconceitos. Na realidade, a essência e natureza das relações humanas baseia-se na "anormalidade".
O que é um preconceito? O preconceito não é nada mais do que um "pré-juizo", uma ideia pré-concebida que geralmente possui uma componente emocional forte e personalizada assumindo-se para a pessoa que o possui como uma verdade dogmática, sem contudo o ser, até porque na maior parte das vezes é manifestamente falso.
Assim sendo, o que será o preconceito da normalidade? Não é nada mais do que um pré-juizo alojado na memória, carregado de forte componente emocional conotativa e dotado de subjectivismo sobrepondo-se à ideia mais do que verdadeira de que a natureza humana afigura-se diversa.
Portanto, o preconceito da normalidade viola a ideia de diversidade, que deveria reger todas as relações. Na perspectiva gnosiológica, a ideia de normalidade é uma utopia e em termos antropológicos ela não tem equivalência prática:
Em 1.º lugar, porque todos nós desenvolvemos uma personalidade e uma fisionomia únicas.
Em 2.º lugar, porque todos nós temos os nossos mecanismos de pensamento pessoais e individualizados.
Em 3.º lugar, todos nós desenvolvemos e elaboramos um padrão ou estereótipo de pessoas com as quais nos queremos relacionar. Não é qualquer pessoa que pode ser nossa amiga, para tal ela tem de ser possidente de certas e determinadas virtudes. Nós próprios considerámos as pessoas a quem nunca daríamos a nossa confiança – por não exibirem essas virtudes – como sendo anormais. No corpo e tecido social assistimos à formação de estratos e grupos multifacetados de pertença, que tem na sua génese e formação a dinâmica da anormalidade e da diferenciação, tendo todos eles os seus próprios cursus honorum que geração após geração são administrados aos "oblatos" e "neófitos", e que de forma informal ensinam como se diferenciar dos restantes grupos sociais nomeadamente pela aprendizagem e apreensão de códigos de conduta específicos.
Se existisse um paradigma de normalidade em termos práticos e com equivalência no tecido social, as classes, grupos e estratos sociais não existiriam, pois todos seriamos iguais, todos teríamos as mesmas ideias, o mesmo modus vivendi, a sociedade seria um todo, e não um todo feito de suas partes como no status quo vigente. Tal não sucede nem tem procedência. O que acontece é que as classes, grupos ou estratos sociais agrupam e sistematizam a anormalidade que existe de indivíduo para indivíduo.
A anormalidade é a dinâmica do devir humano, pois é através das excepções à regra que o mundo pula e avança. Só assim se compreende o mar de nações que existe.
De tudo isto conclui-se que as pessoas não podem argumentar nada recorrendo à ideia de normalidade, pois ela é formal e materialmente inválida, traduzindo-se num falso pudor e preconceito que pertence não ao mundo da verdade mas do erro.
O que é um preconceito? O preconceito não é nada mais do que um "pré-juizo", uma ideia pré-concebida que geralmente possui uma componente emocional forte e personalizada assumindo-se para a pessoa que o possui como uma verdade dogmática, sem contudo o ser, até porque na maior parte das vezes é manifestamente falso.
Assim sendo, o que será o preconceito da normalidade? Não é nada mais do que um pré-juizo alojado na memória, carregado de forte componente emocional conotativa e dotado de subjectivismo sobrepondo-se à ideia mais do que verdadeira de que a natureza humana afigura-se diversa.
Portanto, o preconceito da normalidade viola a ideia de diversidade, que deveria reger todas as relações. Na perspectiva gnosiológica, a ideia de normalidade é uma utopia e em termos antropológicos ela não tem equivalência prática:
Em 1.º lugar, porque todos nós desenvolvemos uma personalidade e uma fisionomia únicas.
Em 2.º lugar, porque todos nós temos os nossos mecanismos de pensamento pessoais e individualizados.
Em 3.º lugar, todos nós desenvolvemos e elaboramos um padrão ou estereótipo de pessoas com as quais nos queremos relacionar. Não é qualquer pessoa que pode ser nossa amiga, para tal ela tem de ser possidente de certas e determinadas virtudes. Nós próprios considerámos as pessoas a quem nunca daríamos a nossa confiança – por não exibirem essas virtudes – como sendo anormais. No corpo e tecido social assistimos à formação de estratos e grupos multifacetados de pertença, que tem na sua génese e formação a dinâmica da anormalidade e da diferenciação, tendo todos eles os seus próprios cursus honorum que geração após geração são administrados aos "oblatos" e "neófitos", e que de forma informal ensinam como se diferenciar dos restantes grupos sociais nomeadamente pela aprendizagem e apreensão de códigos de conduta específicos.
Se existisse um paradigma de normalidade em termos práticos e com equivalência no tecido social, as classes, grupos e estratos sociais não existiriam, pois todos seriamos iguais, todos teríamos as mesmas ideias, o mesmo modus vivendi, a sociedade seria um todo, e não um todo feito de suas partes como no status quo vigente. Tal não sucede nem tem procedência. O que acontece é que as classes, grupos ou estratos sociais agrupam e sistematizam a anormalidade que existe de indivíduo para indivíduo.
A anormalidade é a dinâmica do devir humano, pois é através das excepções à regra que o mundo pula e avança. Só assim se compreende o mar de nações que existe.
De tudo isto conclui-se que as pessoas não podem argumentar nada recorrendo à ideia de normalidade, pois ela é formal e materialmente inválida, traduzindo-se num falso pudor e preconceito que pertence não ao mundo da verdade mas do erro.
CA
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