Gotham – estreia em televisão, 3.ª temporada, final da 1.ª parte, desde 16 de janeiro – representa na forma de série e drama policial, a prequela ao universo Batman, situada na diegese juvenil de Bruce Wayne, centrada na perspetiva do detetive James Gordon, da GCPD, protagonizado pelo ator Ben McKenzie, ex-OC: Orange County.
Inspirada no imaginário e personagens de banda desenhada da DC Comics, a série retrata sobretudo o ambiente sombrio da infame megalópole. Nesse intuito, as filmagens exploram diversas paisagens urbanas de Nova Iorque, que plasmam o pano de fundo aliciante da intriga sinistra, controversa e, por vezes, rocambolesca.
Para lá da atmosfera soturna, da ação, crime e drama, a dinâmica de Gotham focaliza-se no efeito de thriller psicológico e sociológico intrínsecos à perfídia que rodeia os delinquentes, lunáticos, conglomerados criminosos e sociedades maçónicas ou secretas, em suma, a ascensão dos vilões, resultando no enredo envolvente que oferece diversas aventuras policiais do detetive James Gordon – personagem dividida entre as facetas do herói e do anti-herói –, mas também encena algumas façanhas juvenis de Bruce Wayne (David Mazouz), sempre acompanhado pelo seu intrépido mordomo Alfred Pennyworth (Sean Pertwee).
O mérito, valor e interesse da série sustentam-se em grande medida no universo ético, axiológico e comportamental das relações entre as personagens, catalisadores de paradoxos morais, entre o bem e o mal, a heroicidade e a vilania.
Nessa medida, Gotham provoca o telespectador, pelo conflito e desequilíbrio cognitivo, sonda a psique e desafia à introspeção, face às dicotomias que cria. Corrupção, violência, abuso, mentira e manipulação coexistem com atitudes comprometidas com a verdade, justiça, Lei, coragem, resiliência e determinação. O efeito de thriller explora medos, fobias e jogos psicológicos, de forma mais realista ou fantasiosa.
Rodada à antiga, com direito à transmissão de 22 episódios por temporada, representa para os fãs um verdadeiro regalo.
Destaque para a qualidade dos intérpretes que, como não poderia deixar de ser, contam com belas atrizes, tanto no elenco de base como nas participações ocasionais e especiais. Realçam-se Morena Baccarin (Dr. Leslie Thompkins), Erin Richards (Barbara Kean), Jada Pinkett Smith (Fish Mooney) e nos episódios mais recentes da 3.ª temporada, Ivana Milicevic (Maria Kyle).
Na perspetiva mais juvenil do enredo sobressai no papel de Selina Kyle – supostamente a futura Catwoman –, a atriz Camren Bicondova cujas aparência e caracterização exibem traços semelhantes ao da atriz Michel Pfeiffer.
Nos desempenhos masculinos, Donal Logue no papel de Harvey Bullock, parceiro de James Gordon, assim como Robin Lord Taylor na interpretação do vilão Oswald Cobblepot – Pinguim – e Cory Michael Smith enquanto Edward Nigma – Mr. Nygma –, contribuem para recriar o espírito da saga.
Gotham demonstra balanço, atitude e genuinidade. Constitui um excelente spin-off televisivo do herói de culto da banda desenhada e principalmente do cinema, na medida em que as diversas "estórias" da trama contribuem para a construção, problematização e dinamização do universo complexo de Batman. Compreendemos melhor os bastidores, motivações, conveniências e alianças de protagonistas, antagonistas e adjuvantes.
Gotham consubstancia uma das adaptações mais consistentes de BD para o pequeno-ecrã, mas mesmo para quem não aprecia o estilo, representa a possibilidade de assistir a um policial exuberante.
Inspirada no imaginário e personagens de banda desenhada da DC Comics, a série retrata sobretudo o ambiente sombrio da infame megalópole. Nesse intuito, as filmagens exploram diversas paisagens urbanas de Nova Iorque, que plasmam o pano de fundo aliciante da intriga sinistra, controversa e, por vezes, rocambolesca.
Para lá da atmosfera soturna, da ação, crime e drama, a dinâmica de Gotham focaliza-se no efeito de thriller psicológico e sociológico intrínsecos à perfídia que rodeia os delinquentes, lunáticos, conglomerados criminosos e sociedades maçónicas ou secretas, em suma, a ascensão dos vilões, resultando no enredo envolvente que oferece diversas aventuras policiais do detetive James Gordon – personagem dividida entre as facetas do herói e do anti-herói –, mas também encena algumas façanhas juvenis de Bruce Wayne (David Mazouz), sempre acompanhado pelo seu intrépido mordomo Alfred Pennyworth (Sean Pertwee).
O mérito, valor e interesse da série sustentam-se em grande medida no universo ético, axiológico e comportamental das relações entre as personagens, catalisadores de paradoxos morais, entre o bem e o mal, a heroicidade e a vilania.
Nessa medida, Gotham provoca o telespectador, pelo conflito e desequilíbrio cognitivo, sonda a psique e desafia à introspeção, face às dicotomias que cria. Corrupção, violência, abuso, mentira e manipulação coexistem com atitudes comprometidas com a verdade, justiça, Lei, coragem, resiliência e determinação. O efeito de thriller explora medos, fobias e jogos psicológicos, de forma mais realista ou fantasiosa.
Rodada à antiga, com direito à transmissão de 22 episódios por temporada, representa para os fãs um verdadeiro regalo.
Destaque para a qualidade dos intérpretes que, como não poderia deixar de ser, contam com belas atrizes, tanto no elenco de base como nas participações ocasionais e especiais. Realçam-se Morena Baccarin (Dr. Leslie Thompkins), Erin Richards (Barbara Kean), Jada Pinkett Smith (Fish Mooney) e nos episódios mais recentes da 3.ª temporada, Ivana Milicevic (Maria Kyle).
Na perspetiva mais juvenil do enredo sobressai no papel de Selina Kyle – supostamente a futura Catwoman –, a atriz Camren Bicondova cujas aparência e caracterização exibem traços semelhantes ao da atriz Michel Pfeiffer.
Nos desempenhos masculinos, Donal Logue no papel de Harvey Bullock, parceiro de James Gordon, assim como Robin Lord Taylor na interpretação do vilão Oswald Cobblepot – Pinguim – e Cory Michael Smith enquanto Edward Nigma – Mr. Nygma –, contribuem para recriar o espírito da saga.
Gotham demonstra balanço, atitude e genuinidade. Constitui um excelente spin-off televisivo do herói de culto da banda desenhada e principalmente do cinema, na medida em que as diversas "estórias" da trama contribuem para a construção, problematização e dinamização do universo complexo de Batman. Compreendemos melhor os bastidores, motivações, conveniências e alianças de protagonistas, antagonistas e adjuvantes.
Gotham consubstancia uma das adaptações mais consistentes de BD para o pequeno-ecrã, mas mesmo para quem não aprecia o estilo, representa a possibilidade de assistir a um policial exuberante.
CA
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