DEPOIS DE QUEEN, O DEMAIS É PLÁGIO!
No universo de Apolo – e falando de meros mortais –, tal impacto só é igualado por Ígor Stravinsky! Queen é perfeição, pura arte, génio e técnica. Freddie Mercury, vocalista, RIP, John Deacon, baixista, Roger Taylor, baterista, e Bryan May, guitarrista, são os gentlemans de serviço, do entretenimento. No menu, temos rock a la carte! Mais. É injusto classificar Queen como Rock ou Pop-Rock. Queen é música!
No universo de Apolo – e falando de meros mortais –, tal impacto só é igualado por Ígor Stravinsky! Queen é perfeição, pura arte, génio e técnica. Freddie Mercury, vocalista, RIP, John Deacon, baixista, Roger Taylor, baterista, e Bryan May, guitarrista, são os gentlemans de serviço, do entretenimento. No menu, temos rock a la carte! Mais. É injusto classificar Queen como Rock ou Pop-Rock. Queen é música!
Quanto ao estilo, ritmos e melodias, prima o sincretismo musical. A pergunta que se coloca é: qual das sonoridades ou géneros é que estes senhores não interpretaram? A resposta, muito poucos. Encontrámos quase todas as tendências e representações musicais tanto na holística dos álbuns discográficos como na individuação das faixas sonoras. A sua polifonia conglomera Rock, Rock n Roll – não resisto a mencionar Crazy Little Thing Called Love –, Grunge, baladas, Slow, Chill Out, Country, Folk, Electro, Clássica, Lírica, Blues – My Melancholy Blues –, Jazz, Soul, Lambent Walk, Flamengo, Gospel, Salsa, Bolero, and so on and so on... Um verdadeiro cocktail musical!
Queen é artesanal, autêntico, ao invés de mero milagre de estúdio ou edição. Não há espaço para rábulas. É adorável fruir os acordes de um piano vívido e vibrante! Mais. A mestria destes senhores chega ao ponto de conseguirem extrair percussão a par de ritmo de simples instrumentos de corda ou, meramente, de um piano, assim como fazer brotar sons melodiosos de instrumentos de percussão. Genial! Soberbas são as variações, interlúdios e alternância de géneros ou estilos musicais numa mesma faixa sonora, atributo bem patente na sonoridade proficiente das canções Bohemian Rhapsody; Innuendo; The Propeth's Song; Rain Must fall; It's Late.
Os lyrics plasmam temas como:
– O narcisismo, dandismo, hedonismo, a neura, o vício, o prazer, o burlesco, a vida como um cabaret: Don't stop me now; Flick of the Wrist; Death on Two Legs; Get Down Make Love;
– A coita de amor: Jealousy; It's a Hard Life;
– A mulher altiva: Killer Queen;
– O jogo de amor: Play the Game, Sweet Lady; Lilly of the Valley; Somebody to Love; Las Palabras de Amor, My Baby Does Me;
– A modern life: Headlong; Under Pressure; Radio Gaga; A Kind of Magic; I'm in Love With My Car; Bicycle Race;
– O lazer e lifetimes: Lazing on a sunday afternoon; Seaside Rendezvouz;
– O infinito, a psique e o místico: Princes of the Universe; Who Wants to Live Forever.
A filantropia e o humanismo com fito vitalista repercutem-se nas músicas Friends Will Be Friends; Thank God It's Christmas; These Are The Days of Our Lives; The Miracle; Keep Passing The Open Windows, conquanto, na maioria da composição de originais, prepassem sentimentos egotistas, como, por exemplo, I Want It All; Living on My Own; Another One Bites the Dust; One Vision. Não podemos esquecer as love songs, tais como: I Was Born to Love You; Too Much Love Will Kill You; Love of My Life. Destaco ainda as brincadeiras musicais como Mustapha Ibrahim, do álbum Queen Jazz, que é uma verdadeira pérola, entre outras, Man on the Prowl; Bring Back That Leroy Brown; Don't try suicide.
Queen é intemporal. Qualquer música se enquadra num evento épico, desde o cinema à efeméride tout court. Bom gosto em banda larga, diria! A corroborá-lo está o facto de, em qualquer modalidade desportiva, sobretudo nas competições de futebol profissional, We Are The Champions coroar os vencedores perpetuamente! Mas, além da genialidade musical, Queen é mestria no espectáculo. Daí, a afluência exponencial de Wembley, em 1986. Não é qualquer banda que fica conhecida e edita um álbum intitulado Live at Wembley 1986. E estes eram mesmo bons ao vivo. Bem, começar o concerto Live Killers – 1979 – com o preâmbulo de Let Me Entertain You Tonight, é soberbo, brilhante, magnífico!
E que dizer da voz de Freddie Mercury! Do tenor ao falsete, passando pelo contralto, barítono ou soprano. Completa, perfeita, sublime, única! Como pôde a vida ser tão temerária e fugaz perante um talento enorme, inaudito, que desapareceu tão precocemente? A sua voz será para sempre ex-libris, tesouro e Património da Humanidade. Freddie Mercury, o Da Vinci musical! Mas como o homem do moustache diria: Show Must Go On!
E que
dizer, ainda, dos jogos de cantar ao desafio com que Mercury incitava o público
durante os concertos? O público imitava e repetia. Mas chegada certa altura, em
que Mercury dava um arpejo, um lamiré de exaurir o fôlego, da mais pura arte e
técnica, de fazer corar os mais brilhantes vocalistas. Aí, o público remetia-se
ao papel de ouvinte e fã, limitando-se a salvá-lo com palmas, tal como sucedeu
em 79, com Now I'm Here, e em Wembley, em 86. Em fá ou em dó, Mercury é o intérprete à frente
dos intérpretes. Depois de Mercury, os demais são covers.
Queen é correlato de adulto. Quem o deseja, nunca o chegará a ser, se não ensaiar a ouvir esta banda! Uma paideia para os millenials, o insight de uma vida na forma de músicas exuberantes. Queen é profusão sinestésica! Bebo, respiro e saboreio cada acorde!
Queen é correlato de adulto. Quem o deseja, nunca o chegará a ser, se não ensaiar a ouvir esta banda! Uma paideia para os millenials, o insight de uma vida na forma de músicas exuberantes. Queen é profusão sinestésica! Bebo, respiro e saboreio cada acorde!
CA
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