Não é a primeira vez que acontece. E certamente não será a última. David venceu um Golias que sobretudo não foi equipa. Os recados de Jesualdo Ferreira, embora envolvidos num pedido de desculpa, foram muito claros. Não vi o jogo. Portista desde que me conheço como gente e habituada às vitórias mais ou menos fáceis, encaro mal eventuais azares-surpresa. Confesso a minha incredulidade quando soube da derrota que alguns pretendem que seja humilhante. A propósito, aqui ficam cordiais cumprimentos a todos os benfiquistas e sportinguistas que de repente descobriram no seu íntimo que eram do Atlético desde pequeninos ou a todos aqueles que ainda aproveitaram a onda dos desejos de ano novo para pedirem e verem realizado tal desaire do para sempre odiado FC Porto. Fanatismos à parte, até porque não pratico semelhantes credos, há coisas mais importantes que o falhanço do todo-poderoso Quaresma - que alguns apelidam de falta de sorte - às quais não se dá a atenção que merecem. Uma delas, a mais deliciosa talvez, diz respeito às declarações de Marco, guarda-redes do Atlético, que disse ao Quaresma que o jogador do Porto era feliz muitas vezes e continuaria a sê-lo e que ele apenas queria ser feliz naquele momento com o falhanço do craque. A alegria do surpreso David frente ao desajeitado Golias... Alegria que sinceramente não incomoda esta portista que vos escreve.
AA
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