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A mostrar mensagens de 2007

PIRATES OF CARIBBEAN – Do Pirata ao Autêntico

Proponho uma viagem ao pirata e ao autêntico na trilogia cinematográfica de Piratas das Caraíbas . Assim sendo, confrontemos o que há de ficção e fantástico com o que há de verdade e fundo histórico. Antes demais é necessário referir as fontes que inspiraram a metragem de Piratas das Caraíbas . As mais importantes radicam na literatura e no cinema. No que concerne à literatura é mister aportar a atenção n o corsário Charles Johnson – pseudónimo de Daniel Defoe – autor de Robinson Crusoe e da História Geral dos Roubos e Assassínios dos Mais Notáveis Piratas (1724), colectânea de "est ó rias" verosímeis de piratas e corsários ingleses. De igual modo, transparece a inspiração sustentada na obra literária de Robert Louis Stevenson. É patente ainda a literatura do cunho da jurisprudência, refiro-me às regras de pirataria (" guide lines ") criadas por Henry Morgan – pirata de navios Negreiros, nas Antilhas – e que em Piratas das Caraíbas é nomenclado de Código

ALGURES NA EUROPA... – (Roteiro)

Diversos argumentos, motivações e vivências sustentam o meu absoluto fascínio por certos lugares. Mas de todos os cantos do mundo escolho como locais de eleição certos recantos da Europa. A Europa é pela civilização, história e paisagem o continente mais belo e interessante. No universo da Geologia é sabido que o Mediterrâneo e o Atlântico são o mar e o oceano que exercem mais influência na habitabilidade do planeta. Se o Mediterrâneo desaparecesse por evaporação, o planeta gelaria. Tal terá sucedido parcialmente na evolução geológica da Terra com resultados nefastos para a civilização que viveu uma era glaciar e de assoreamento na bacia mediterrânica que progressivamente se foi convertendo em deserto jurássico. Foi o degelo que se seguiu que permitiu ao Oceano Atlântico romper um estreito – Gibraltar – possibilitando o jorrar de novo do Mediterrâneo. Tal devolveu ao planeta a sua climatização. Mais. O continente europeu converteu-se no mais estável do ponto de vista geológico e

A MEDIOCRIDADE DO PERFIL – (Reflexão)

A rentrée está aí e com ela os 45.000. São professores mais ou menos jovens, recém-licenciados ou que cultivam o gosto paciente de apenas figurar nas listas do concurso nacional, tendo-se dado previamente ao trabalho de preencher a candidatura on-line sem mácula. Este é tão-só um dos números que se atiram para o ar no arranque do ano lectivo e que não traz nada de novo. Há porém outros números que convém ter em conta: os que figuram no relatório «Perfil do Sistema de Ensino», de Maio do corrente, onde encontramos dados do Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (GEPE). Se quisermos fazer as contas a olho – como convém à politiquice – podemos dizer que basicamente o número de professores diminuiu enquanto que o número de alunos aumentou. Logo, dá mais alunos por cada docente. Mas não: alicerçada nos convenientes dados da OCDE, Maria de Lurdes Rodrigues revelou a sua brilhante leitura: Portugal é o país com menor número de alunos por professor! No primeiro ciclo, apenas 11

THE LORD OF THE RINGS – Da Ficção à História

Comentar a trilogia cinematográfica Lord of The Rings é sinónimo de estabelecer diversas analogias, comparações e referências. A primeira referência a ser feita é Tolkien – John Ronald Reuel Tolkien (1892-1973) – autor dos livros O Senhor dos Anéis . Foi filólogo e professor de Literatura Britânica na Universidade de Oxford entre 1925-1959. A sua obra manifesta ecos da sua formação e vocação académica e científica, assim como da sua paixão pelo místico e Mitologia Asgardiana. Sem dúvida alguma que Tolkien é um dos pânditas e eruditos que merece o titulo de criador in partibus da Literatura Fantástica da Modernidade. A segunda referência é mais contemporânea e do foro da multimédia e realidade virtual. Trata-se de um video-jogo que é em tudo propedêutico aos filmes e aos livros a começar pelas raças: Orcs, Humanos, Undead e Elfos. Falo de WARCRAFT . Mas vejamos as aportações para as quais o sucesso cinematográfico nos transporta. Toda a cenografia matiza e transmite o imaginário d

CUO BONO CLIO? – (Crónica)

Há quem não se importe com a História... Há até quem desmereça, descarte ou não ache importante! Mas a civilização não pode viver sem ela, quanto mais aliená-la ou obliterá-la! Duas das descobertas fundamentais para o desenvolvimento da civilização e do Mundo e que hoje e sempre estarão presentes, devem-se à História... Falo da escrita e da matemática (se preferirem da numeração). O aparecimento e desenvolvimento da escrita esteve associada ao facto de Povos, Reinos, Nações e Civilizações desejarem e quererem deixar vestígio e testemunho dos seus feitos e grandiosidade, épocas áureas, " golden age ". A escrita ainda hoje é usada por tecnologias como as NTIC (net, media, computadores, telemóvéis), que sem ela seriam obsoletas! A escrita como instrumento tecnológico brilhante, desenvolvido pela História, é e foi usada para que as pessoas se pudessem conhecer, amar, namorar... Sem dúvida um contributo da Musa Clio a essas outras Musas chamadas de Afrodite, Venus, Diana, Ishta

OCEANS 11-13 – O Meet dos Bad Boys

Star system é uma expressão que assenta muito bem a este "cine-fenómeno". Já quanto aos actores só conheço uma palavra para os qualificar: "Cineastros". Não há lugar para amadores no seio de tão refinado elenco. Mas na verdade, o jogo de papéis entre personagens é um " cineplay " de rapazes e senhores, unidos pela amizade, pelo jogo e vicio do golpe milionário gizados pela égide do triunvirato formado e liderado pelas personagens interpretadas por George Clooney, Brad Pitt e Matt Damon. Toda a cenografia e banda sonora transmitem a imagem e ideia de malandragem. Mas estes malandros não são delinquentes. Não importa a faixa etária dos Oceans , pois todos os que comparticipam a golpada tem o seu estilo ou classe. Estamos perante " thieves " ecléticos e dândis quer na sua aparência, quer no seu carácter. Todos sabem como trajar, como estar, mas acima de tudo sabem como comunicar. É delicioso ver os diálogos engraçados e inteligentes que as perso

GRANDES PORTUGUESES – Concurso RTP

  No programa televisivo, cultural e de entretenimento Os Grandes Portugueses aconteceu no dizer de Cyrano de Bergerac um golpe de teatro! Uma lacuna imperdoável levou à perplexa eleição de António Oliveira Salazar como o maior português de sempre. Não se confunda maior, ou grande, como o melhor, porque, sem dúvida, não o mereceria. Mesmo assim, a glória aos vencedores. Há que distinguir o Salazar "personalidade" do Salazar " ditadura/regime salazarismo". Tal limiar catapulta-nos para a esfera do mérito e exuberância ou para o demónio e nefasto! Contudo, tal sucedeu, porque neste concurso esqueceram-se de uma personagem e agente essencial no desenrolar da História de Portugal. Foi Bordalo Pinheiro que a matizou, verbalizou e iconizou, em meados d o século XIX, mas tal, foi mais um achado do que uma criação! Falo do Zé Povinho. Podem apelidá-lo de ignorante, analfabeto, iletrado, pacóvio, brejeiro, provinciano, palerma. Apesar dessas exuberantes características,

VINCULATIVAMENTE – (Reflexão)

Passou-se mais um domingo entre o sim e o não no Portugal dos pequeninos. Ao longo da noite, mais sim do que não. E hoje de manhã inequivocamente sim. Confesso que a malta empenhada me aborreceu francamente quando se mostrou avessa às merecidas férias pós-campanha e prometeu novas "lutas". O sim porque de facto passou um cheque em branco. O não por uma questão de fair-play. Acabam portanto juntos na manutenção do drama de baixa comédia. Resta-nos esperar que os argumentos moderados de ambas as partes não se tenham perdido entre os berros bestiais dos mobilizados, e que, em última instância, haja bom senso em Belém. O claro vencedor deste prós e contras alargado à nação - ou ao esquerdinamente amado povo - é o português médio e anónimo que se borrifou para o assunto. Em consequência, somos obrigados a concluir que os malabaristas de serviço e a criadagem do costume atingiram tão-só um dos objectivos a que se propunham: lembrar à corte e às aldeias que existem e que aquilo

E GOLIAS CHOROU – (Crónica)

Não é a primeira vez que acontece. E certamente não será a última. David venceu um Golias que sobretudo não foi equipa. Os recados de Jesualdo Ferreira, embora envolvidos num pedido de desculpa, foram muito claros. Não vi o jogo. Portista desde que me conheço como gente e habituada às vitórias mais ou menos fáceis, encaro mal eventuais azares-surpresa. Confesso a minha incredulidade quando soube da derrota que alguns pretendem que seja humilhante. A propósito, aqui ficam cordiais cumprimentos a todos os benfiquistas e sportinguistas que de repente descobriram no seu íntimo que eram do Atlético desde pequeninos ou a todos aqueles que ainda aproveitaram a onda dos desejos de ano novo para pedirem e verem realizado tal desaire do para sempre odiado FC Porto. Fanatismos à parte, até porque não pratico semelhantes credos, há coisas mais importantes que o falhanço do todo-poderoso Quaresma - que alguns apelidam de falta de sorte - às quais não se dá a atenção que merecem. Uma delas, a mais

QUEEN – Rock a la Carte

DEPOIS DE QUEEN, O DEMAIS É PLÁGIO!  No universo de Apolo – e falando de meros mortais –, tal impacto só é igualado por Ígor Stravinsky! Queen é perfeição, pura arte, génio e técnica. Freddie Mercury, vocalista, RIP, John Deacon, baixista, Roger Taylor, baterista, e Bryan May, guitarrista, são os gentlemans de serviço, do entretenimento. No menu, temos rock a la carte ! Mais. É injusto classificar Queen como Rock ou Pop-Rock. Queen é música! Quanto ao estilo, ritmos e melodias, prima o sincretismo musical. A pergunta que se coloca é: qual das sonoridades ou géneros é que estes senhores não interpretaram? A resposta, muito poucos. Encontrámos quase todas as tendências e representações musicais tanto na holística dos álbuns discográficos como na individuação das faixas sonoras. A sua polifonia conglomera Rock , Rock n Roll – não resisto a mencionar Crazy Little Thing Called Love –, Grunge , baladas, Slow , Chill Out , Country , Folk , Electro , Clássica, Lírica, Blues – My

POR QUE VALE A PENA TER CIÚMES – Queen

Foi uma descoberta recente. A voz é única. As palavras fundidas na música formam a kind of magic . A canção de que vos falo é antiga e há muito que não está nos tops. «Jealousy», Queen. O ciúme torna-se belo e seduz. Aqui fica a letra para os que conhecem recordar ou em jeito de aperitivo para quem nunca ouviu. Oh how wrong can you be Oh to fall in love Was my very first mistake How was I to know I was far too much in love to see? Jealousy, look at me now Jealousy, you got me somehow You gave me no warning Took me by surprise Jealousy, you led me on You couldn’t lose You couldn’t fail You had suspicion on my trail How, how, how, oh my jealousy I wasn’t man enough To let you hurt my pride Now I’m only left with my own jealousy Oh how strong can you be With matters of the heart Life is much too short To while away with tears If only you could see Just what you do to me Jealousy, you tripped me up Jealousy, you brought me down You bring me sorrow You cause m

NEVER SMILE BEFORE CHRISTMAS – (Crónica)

Olho-te no espelho ainda embaciado pelo calor do banho matinal. Um sorriso tímido vai ganhando contornos mais definidos. É hoje a primeira vez. A verdade é que a água tépida não serviu para te despertar do mundo dos sonhos. É hoje, sim, é hoje! Os dias de sol ajudam a prolongar a estadia nesse universo mágico. E está um belo dia de sol. O sorriso inunda agora todo o espelho. O toque do sino da igreja rouba-me à contemplação. Vamos lá, são horas! Não podes facilitar... Um professor nunca chega atrasado, lembras-te? E um professor estagiário está lá religiosamente uma hora antes. Meia hora para rever a matéria da aula. A outra meia para pedir aos deuses que aquele insuportável bando de bárbaros que lhe vai irremediavelmente aparecer pela frente não faça muitos estragos em tudo o que uma sala de aula pode compreender, professor incluído. Talvez dirija as suas preces a algum padroeiro do professor estagiário. Será que existe? É provável. De qualquer forma a sua existência daria muito jeit