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EURO 2012 – (Crónica)

 
O Euro 2012 pôs o "Polvo" a falar francês. Era o que mais faltava. A Itália fratelli não poderia nunca deixar passar em claro essa apropriação indevida.
Com efeito, esta Itália não perdeu o "Pirlo" e pumba, está na final. O desfecho e decisão deste Europeu será sempre insólito. Voltará o "Polvo" à pátria?! Ou vai ser comido pelos hermanos da paella?!
Entre cousas pátrias e mais dentada menos dentada não podia faltar um português. De facto já começava a faltar um pouco de "Proença" a toda esta disputa.
A filosofia pode aclarar ainda mais toda esta confusão. Vejamos o silogismo. O "Polvo" vaticinou Visigodos (Espanha) e Teutões (Alemanha) na final. Só acertou em metade do vaticínio. Mesmo antes do jogo acontecer auguro que seria bonito o seguinte desfecho: A Itália ganha ficando a Espanha apenas com a "Platini". Aliás, antes mesmo da meia final entre squadristi e merkels um certo Custódio da guarda alertava que o "Polvo" ia perder um dos tentáculos para a final.
Pena é que Portugal tenha perdido a oportunidade de conquistar um dos Euros mais folclóricos de todos, tão folclórico que o próprio King teve um badagaio!
Folclórico apenas. Florido nem tanto. Os Tulipas foram logo "quinados" e a Rosa como de costume perdeu o "Pirlo" nos penáltis deixando os Diamanti para os P.I.G.S. De florido só poderia ter havido mesmo Coentrão. Com resgate ou menos resgate não há esterlinos nem marcos na final.
Portugal podia ter feito ainda melhor. Numa história futebolística que já se fez de magriços, violinos e ouro, o problema nesta competição não foi jogar de "saltilho" mas sim tirar mal as quinas à baliza. Sim, isto do futebol faz reinar a superstição mas bater na madeira não é solução.
Verdade seja dita, no meio de tanta profanação um Paulo que também é Bento e um Ronaldo Cristiano poderiam ter aquilatado o santo título de campeão para coroar armas, varões, esferas, quinas e castelos. O saldo final é que os quinos apenas disputaram uma meia final enquanto os cunhos desfrutaram de uma semi-final. 
Pode ser que em terras de Cabral a esfera armilar seja nossa. Essa é a questão nuclear. A decisão está na linha e se há evidência cabalmente demonstrada neste Euro é que há mesmo uma linha que separa os campeões dos outros, facto que me deixa sempre algo confuso quando afinal ouço comentadores e analistas retorquindo que o que importa são os golos.
Final ou não, é apenas um jogo de futebol. Depois de amanhã os astros vão continuar a brilhar!
Certo certo é que a UEFA, enquanto institucional e magistática do futebol europeu está menos imparcial e isenta e já conheceu melhores dias. A ver vamos quando as cabeças começarem a rolar em vez da bola.
CA

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