Ser quase quarentão é assim mesmo, meio na ternura, meio na dureza! O proto quadragenário vive oxímoro. A sua realidade é tanto melíflua quanto frívola, o equilíbrio perfeito entre olhos e barriga! Aparentemente blasé , o quarentão to be experimenta, sensualiza e entrega-se de corpo e alma às antinomias da paixão, desde a platónica à vanilla e hardcore . No seu etos e apetites noir , busca temperos certos, frui momentos picantes, alinha tanto nas tapas como nos beijos, mas sabe que nem tudo é banquete, alguns sabores não valem mordiscar, são indigestos! No seu arco de personagem, o vetero trintão escolhe ritmos, vibrações, evita tédio, aprimora o fade in e fade out . Desinibido, deprecia quer a aparência, quer a essência. Vívido, nem quantifica, nem qualifica, procura e acrescenta valor! Intimista, declina a labilidade dos grupos, amizades e colegas, enfoca a autodeterminação a par da cumplicidade interpessoal. Descomplexado, degusta o swirl de mixed emotions oferecido pelas viv
COVID-19, a pandemia rocambolesca da era global, declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a 11 de março de 2020, que testa os limites da sociedade de consumo, da informação – media e social media –, do lazer, da vibe . A Síndrome Respiratória Aguda Grave 2, ou SARS-CoV-2, representa o agente patogénico indutor da doença COVID-19. De forma enigmática, o surto epidemiológico SARS-CoV, de 2002-2004, que se julgava erradicado, imergiu a Humanidade numa nova estirpe pandémica claustrofóbica. No tsunami COVID-19, enquanto o mundo sustém a respiração, para evitar contágio, o planeta respira de alívio. Com efeito, esta “greta” socioeconómica do novo coronavírus diminui ativamente a pegada ecológica, na medida em que representa menos um milhão de toneladas mundiais diárias de CO2! A História da sala de aula, pelos piores motivos, converte-se em História Viva, desmentindo o vaticínio falacioso – O Fim da História – de Yoshihiro Francis Fukuyama, até porque é inevitável o par