Ser quase quarentão é assim mesmo, meio na ternura, meio na dureza! O proto quadragenário vive oxímoro. A sua realidade é tanto melíflua quanto frívola, o equilíbrio perfeito entre olhos e barriga!
Aparentemente blasé, o quarentão to be experimenta, sensualiza e entrega-se de corpo e alma às antinomias da paixão, desde a platónica à vanilla e hardcore.
No seu etos e apetites noir, busca temperos certos, frui momentos picantes, alinha tanto nas tapas como nos beijos, mas sabe que nem tudo é banquete, alguns sabores não valem mordiscar, são indigestos!
No seu arco de personagem, o vetero trintão escolhe ritmos, vibrações, evita tédio, aprimora o fade in e fade out. Desinibido, deprecia quer a aparência, quer a essência. Vívido, nem quantifica, nem qualifica, procura e acrescenta valor! Intimista, declina a labilidade dos grupos, amizades e colegas, enfoca a autodeterminação a par da cumplicidade interpessoal. Descomplexado, degusta o swirl de mixed emotions oferecido pelas vivências. Sensacionista, algo ardiloso, não se julga inocente, nem culpado! Mordaz, espreita – em segurança – o perigo e a vertigem. Pragmático, desfaz tabus e refuta melodramas. Perspicaz, aguça o intelecto, conquanto saiba que nunca rivalizará com a inteligência de uma mulher, mas compensa no empenho!
O quase quarentão fita horizontes, demarca-se da amargura, capricha nas rotinas, investe na novidade e, sobretudo, escolhe sempre o melhor, o appeal da conexão!
CA
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