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Mensagens

A mostrar mensagens de 2018

BOHEMIAN RHAPSODY – O Filme

[ Spoiler alert ]. Bohemian Rhapsody – estreia em cinema, desde 31 de outubro, em Portugal – representa a biopic pretensamente exuberante sobre a entourage atinente à participação de Queen no Live Aid , concertos de rock solidário para angariação de fundos em favor dos famintos da Etiópia, realizados em 1985, acompanhados de forma massiva por milhões de entusiastas através do epifenómeno ou direto televisivo que o evento suscitou. A cinebiografia plasma a sinédoque das feições apolíneas e dionisíacas catalisadas pelo sincretismo musical do lendário grupo Pop Rock, quer na holística dos álbuns, quer na individuação das canções, além das exímias atuações ao vivo, realçando sempre o magnífico espectro vocal do seu líder, Freddie Mercury, particularmente no estádio de Wembley, um dos palcos principais do Live Aid , cujo surto mediático eternizou o cantor do moustache : Video Killed The Radio Star ! Mais. Bohemian Rhapsody serve de antonomásia à excentricidade a par da mundivivê

MORAL ON TOP – Reflexão

A minha moral está sempre top , só que, às vezes, faz topless . Na realidade, a moral é uma questão de striptease ! O que verdadeiramente importa é não sermos tapados nem para nós nem para os outros. Aliás, esse motivo repercute a grande qualidade erógena da axiologia. E, se a índole é boa, qual é o mal do topless ? De forma humanista, a moral deve exibir a verdade, o bem e o belo, ao invés de trejeitos soturnos misantropos como o preconceito, o estereótipo, o orgulho ou o egotismo, que só a desvirtuam com míseros trapinhos. Um conselho, imolem tais andrajos. No devir existencial e individuação, todos personificamos valores nucleares, que nos definem enquanto seres bio-psico-sócio-culturais, conforme intuído por Edgar Morin, notável erudito e humanista contemporâneo. No meu insight , descobri que a compreensão a par da complexidade representa a minha matriz atitudinal, ou seja, aquilo que procuro em mim e nos outros. Nessa medida, experiencio, no dia a dia, o etos noir romane

SOMETHING ELSE – The Cranberries

Something Else – lançado em 28 de abril de 2017 – representa o trabalho discográfico de consagração dos 25 anos de carreira da icónica banda The Cranberries, denotando-se a atmosfera de homenagem à exímia cantora e compositora Dolores O’Riordan (DO), sobretudo após o seu dramático e inesperado falecimento, com apenas 46 anos, a 15 de janeiro, no contexto da preparação de uma série de gravações e subsequente turné mundial. As sonoridades do álbum miscigenam acústica, percussão e arranjos orquestrais para prestar tributo à egéria do Celtic Rock. De forma idiossincrática, Something Else pretere os ritmos mais sanguíneos do Rock Alternativo para, de modo intemporal e panegírico, sublimar as baladas, melopeias, reverberações e sussurros personificados na voz exuberante de DO, sem descaracterizar o portefólio artístico granjeado pela heroína desta banda irlandesa.    O 7.º álbum de estúdio de The Cranberries, quer na individuação das faixas sonoras, quer na holística ou conceit

AS CANÇÕES DA MARIA – ESPECIAL HISTÓRIA DE PORTUGAL (Maria de Vasconcelos)

As Canções da Maria – Especial História de Portugal , cantigas e cantorias infantojuvenis que têm a ouvir com a nossa História, que glorificam ou dramatizam a dimensão épica da nossa identidade, memória e património, adaptadas à exploração pedagógico-didática de 1.º e 2.º ciclos, em particular na disciplina de História e Geografia de Portugal (HGP), 5.º e 6.º anos, sob a lógica dos métodos ativos, concretamente no enquadramento de situações-problema, motivação inicial ou síntese final. O CD, DVD e livro que compõem o trabalho artístico convidam – de forma entusiasta –   à viagem no tempo, à descoberta cultural e de afeições intrínsecas ao contacto com a História de Portugal, conciliando diversão, brincadeira e aprendizagem. As sonoridades vivificam o devir histórico através de refrões chamativos e que, naturalmente, ficam no ouvido.   Na perspetiva da musicalidade a par das perceções e representações personificadas nos videoclipes, algumas canções emulam melodias de época

TOMB RAIDER – Alicia Vikander

Tomb Raider – estreia em cinema, desde 15 de março, em Portugal – representa a versão cinematográfica dos videojogos homónimos mais recentes, dinamizados pela Crystal Dynamics. De volta ao grande ecrã, Lara Croft, heroína consagrada da realidade virtual, acicata o fascínio dos fãs, mas não satisfaz de todo o ardil dos cinéfilos. De forma Kafkiana, conforme a antinomia induzida pela série de videojogos atual, Lara personifica uma boa rebelde, que vive na selva urbana da megalópole londrina, dotada de atributos intuitivos ou capacidades inatas, sobretudo a mestria para deslindar enigmas, habilidades adquiridas sem qualquer formação académica ou treino físico específico. Por seu turno, no plano das continuidades, a protagonista exibe as coreografias e a agilidade que celebrizaram a lendária Tomb Raider . Lara Croft, interpretada por Alicia Vikander, demarca-se do appeal algo fetichista implícito nas performances de Angelina Jolie, ou de Rhona Mitra, modelo Tomb Raider origin

#METOO – O charivari das estrelas

Tudo o que não é amor, ou é submissão, ou interesse, ou abuso, ou oportunismo. É o comentário que me apraz sobre o grau de mediatismo tedioso – viral, no dizer dos Millennials – alcançado pela garbosa campanha de denúncia #MeToo . Fico siderado com o enlevo e a galhardia que as redes sociais conferiram à consciência ou vivência da cidadania. Literalmente, colocam-nos os Direitos Humanos na ponta dos dedos, tão na ponta que, no dia a dia real, nos escorregam das mãos. Tirem o pó às guilhotinas, atirem com brioches à mona uns dos outros. Emílio e Sofia brincam de amuos a tuitar, “retuitar”, a postar, partilhar, “viralizam” sentimentos, emoções, zangam-se, mas não se sabe bem porquê? Inocentes, para o bem e para o mal, desbaratam a sua intimidade através da popularidade erógena de hashtags , likes e emojis . Neste lero-lero das estrelas, desconhecemos o crível e o incrível. Mas, afinal, do que é que esta gente caprichosa – atores, atrizes, modelos, etc. – se queixa ou se desculpa? Pe