Avançar para o conteúdo principal

LITTLE BIG TOWN – When Someone Stops Loving You

 
Little Big Town, músicas para quem, de forma absoluta, já ultrapassou a bacoquice de sobrevalorizar os figurinos e, diariamente, descobre a qualidade hedónica dos relacionamentos pessoais, da confraternização, da amizade, do amor, nas suas ambivalências ou imperfeições. 

O videoclipe da canção When Someone Stops Loving You – lançado em 6 de novembro – comprova, novamente, a apetência do quarteto de Nashville, Tennessee, para interpretar baladas country intimistas e harmoniosas. Com efeito, a melodia noire, incluída na 11.ª faixa do alinhamento do álbum The Breaker, o mais recente de LBT, divulgado no primeiro trimestre do ano, reproduz a sonoridade e ambiente nostálgico que retratam o estado emocional intrínseco à “coita de amor”: desgostos ou desencontros amorosos para os menos familiarizados com a universalidade multissecular das trovas de amor.


 
LBT canta a frugalidade da vida, distancia-se do vazio e claustrofobia digital subjacente à pop culture, rubrica a musicalidade sustentada na emotividade ou tristezas quotidianas, metáforas afetivas na forma de canções que, para lá de alguns clichés, enfocam a existência na sua simplicidade e, consequentemente, genuinidade. Mais. Essa é a razão do carisma, galardões, bem como grande popularidade de LBT. 

Na espiritualidade ou mundanidade do tema When Someone Stops Loving You, de modo oximoro, obtemos fruição e recobro existencial, através do pecúlio artesanal ou profusão acústica conferida pelo tom despretensioso das guitarras, assim como das vozes harmoniosas, acompanhados por acordes discretos de guitarra elétrica e contrabaixo, a par da animosidade inerente ao ritmo Soft rock da percussão, características indutoras da vontade de prosear com a alma e que, de facto, reiteram a maturidade artística de LBT, os Roxette da Country.
CA 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

JACK REACHER: NEVER GO BACK – Tom Cruise

Jack Reacher: Never Go Back – estreia a 20 de outubro, em Portugal – integra o franchise cinematográfico da adaptação para filme dos romances e shorts policiais homónimos, escritos pelo autor britânico Lee Child . P rotagonizado pelo ator célebre Tom Cruise, conglomera nomes notáveis de Hollywood , em termos de filmagem e produção, concretamente o trabalho do experiente realizador Edward Zwick, associado a diversas longas-metragem reconhecidas pelo grande público, tais como Tempo de Glória (1989); Shakespeare in Love (1998); Traffic (2000); The Last Samurai (2003); Blood Diamond (2006); e Defiance / Resistentes (2008); a par da dinâmica e criatividade reconhecidas ao roteirista, produtor e realizador Christopher McQuarrie, vinculado a projetos mais recentes: Valkyrie (2008); Edge of Tomorrow (2014); Mission Impossible 5: Rogue Nation (2015); e inclusive o primeiro filme de Jack Reacher , de 2012, adaptação da narrativa policial One Shot , publicad a em 2005. Nev

TABOO – Tom Hardy

Taboo – estreia em televisão, desde 7 de janeiro – representa o drama de época de estilo gótico sobre a luta de James Keziah Delaney contra os interesses da Coroa Inglesa – sob a regência e posteriormente reinado de Jorge IV – retratada enquanto império comercial ultramarino prepotente, através da atividade da Companhia Inglesa das Índias Orientais, no início do séc. XIX.  A mini-série é protagonizado pelo ator Tom Hardy, mais conhecido por interpretar o malfeitor Bane, no filme da trilogia Batman, The Dark Knight Rises (2012) . P roduzida e transmitida pela BBC, no Reino Unido, e difundida pela FOX, nos EUA , c onta com o realizador Ridley Scott entre os produtores executivos. Taboo oferece dilemas morais de personalidades controversas enquadradas no ambiente histórico sombrio que equipara a East India Company a uma multinacional oportunista, tentacular e sanguinária, a qu al subjuga e exerce domínio comercial e militar mundiais, através de amplas redes de espionag

ALMOST 40 - Reflexão

Ser quase quarentão é assim mesmo, meio na ternura, meio na dureza! O proto quadragenário vive oxímoro. A sua realidade é tanto melíflua quanto frívola, o equilíbrio perfeito entre olhos e barriga! Aparentemente blasé , o quarentão to be experimenta, sensualiza e entrega-se de corpo e alma às antinomias da paixão, desde a platónica à vanilla e hardcore .  No seu etos e apetites noir , busca temperos certos, frui momentos picantes, alinha tanto nas tapas como nos beijos, mas sabe que nem tudo é banquete, alguns sabores não valem mordiscar, são indigestos!  No seu arco de personagem, o vetero trintão escolhe ritmos, vibrações, evita tédio, aprimora o fade in e fade out . Desinibido, deprecia quer a aparência, quer a essência. Vívido, nem quantifica, nem qualifica, procura e acrescenta valor! Intimista, declina a labilidade dos grupos, amizades e colegas, enfoca a autodeterminação a par da cumplicidade interpessoal. Descomplexado, degusta o swirl de mixed emotions oferecido pelas viv