Mundos cor-de-rosa, contos de fada, histórias de amor e aventuras de encantar... Qual o espírito que não frui ou se eleva com essas felizes vivências idílicas?
Na nossa sociedade emancipada onde aparentemente a "conveniência" deixou de ser casamento, as pessoas parecem ansiar por colorir amizades e relacionamentos, assim como a sua imagem e personalidade com matizes de um romantismo medieval.
Contra mim próprio falo, visto que sempre fui mais sapo sempre a saltar de charco em charco do que príncipe... Quanto muito seria apenas um príncipezinho...
O certo é que cada vez mais se denota o cair em desuso do modelo burguês do "bom partido"... Elas – opinion makers nesta matéria – consideram além da posse, o enlevo, a sensibilidade, a pose e a cortesia.
Assim sendo, a expressão ganha jus e sentido e o "príncipe encantado" cavalga alado de boca em boca. Marxistas e materialistas estavam radicalmente enganados. A emancipação não se alcança pela condição económico-social. Longe disso. A emancipação alimenta-se de sentimentos e emoções mais aristocráticas. Decai-se nos modos burgueses e cultiva-se a nobreza da pose e trato. Todas aspiram a ser princesas e rainhas ou pelo menos a ser tratadas de acordo com essa nobre condição.
Eis o jogo de fin'amor pós-moderno, inspirado no romance medieval. Medieval sim. Cristão, nem tanto...
Fica-mo-nos apenas pela hieraticidade do trato romântico e a sacralidade das personagens – Rainhas, Princesas, Príncipes e Cavaleiros andantes – que perfazem esta mescla sacro-santa e profana que compõe um mundo sempre de encanto, coita e corte que é o amor...
Feliz ou infelizmente a actualidade manifesta uma grande diferença para com essas personagens medievais... Nessa época não faltavam Rainhas Virgens e Princesas Santas. Não havia Príncipe nem Cavaleiro que aguentasse tamanha virtuosidade e pudismo! E também ninguém merecia essa malfadada sina... Hoje em dia a bem ou a mal essas rainhas e princesas são mais modernas e o encantado príncipe rapidamente descobre que o seu cavalo não é feito apenas de cela e estribo mas também é feito de pau! Muito prazer em conhecer e enamorar-se destas novas rainhas e princesas! Mas como vivemos numa era industrial rapidamente variam as qualidades desse tipo de corcel. O mais massificado de todos é o pau-mandado!
Feliz ou infelizmente a actualidade manifesta uma grande diferença para com essas personagens medievais... Nessa época não faltavam Rainhas Virgens e Princesas Santas. Não havia Príncipe nem Cavaleiro que aguentasse tamanha virtuosidade e pudismo! E também ninguém merecia essa malfadada sina... Hoje em dia a bem ou a mal essas rainhas e princesas são mais modernas e o encantado príncipe rapidamente descobre que o seu cavalo não é feito apenas de cela e estribo mas também é feito de pau! Muito prazer em conhecer e enamorar-se destas novas rainhas e princesas! Mas como vivemos numa era industrial rapidamente variam as qualidades desse tipo de corcel. O mais massificado de todos é o pau-mandado!
Mas deixemos o condão das varinhas de lado e voltemos ao romantismo para concluir, retomando o conto de fada que nos diz justamente que a conveniência deixou de fazer casamento e o casamento passou a fazer gosto, esquecendo-se de que o único sentimento que pode fortificar e prevalecer é o amor...
CA
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