Eis-nos caídos num Apocalipse nuclear. Uma espécie de 3.ª Guerra Mundial despoletou tamanho desiderato. A sociedade desagregou-se vivendo no caos e anomia. O instinto de sobrevivência mantém os que restam vivos, organizados sob a forma de bandos e pequenas urbes acicatadas e dirigidas pela égide de uns quantos caudilhos. Tal cenário afigura-se rocamb olesco, hardcore e desolador. Deformações físicas, deserto e avareza nuclear, violações, barbarie, vendeta, banditismo, rapina e canibalismo estão na ordem do dia. A água potável e as suas fontes converteram-se no novo ouro negro. Diversos bandos e caudilhos disputam o seu controlo e fazem negócio com quem a pode pagar a preço de ouro. Por outro lado a irradiação nuclear tornou a visão num dos sentidos mais escassos, sendo poucos aqueles que a conservam e usufruem. .. Idiossincrasias tecnológicas surgem em tom quase caricatural. Por exemplo o ipod convive lado a lado com o gramafone. Entre arcaísmos e anacronismos o próprio