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A mostrar mensagens de 2012

TRILOGIA HOBBIT – 2012-2014

The Hobbit: An Unexpected Journey é o 1.º filme da trilogia que compõe a prequela da saga cinematográfica O Senhor dos Anéis . O universo é há muito conhecido do grande público. De igual modo, o imaginário e as personagens não representam novidade. A épica mantém-se assente no tema da viagem em forma de aventura, num misto de Gesta medieval e de Odisseia homérica servida por cenários e paisagens majestosos. Mudam apenas e ligeiramente o momento e o foco dos intervenientes mais directos, com destaque para os tempos de juventude de Bilbo Baggins – avô de Frodo Baggins –, o peregrino que acompanhado de valentes guerreiros anões e da ajuda mágica de Gandalf , conduz-nos nesta nova aventura épica da luta milenar entre o bem e o mal, opondo numa saga titânica as irmandades e companheiros que resistem ao poder maléfico do anel personificado na ascensão tenebrosa de Sauron e dos seus devotos. A única novidade é a banda sonora cujo o tema principal acompanha na perfeição este filme

SKYFALL – O Regresso de James Bond

SKYFALL é o título sugestivo do mais recente filme de 007, apresentando um James Bond algo diferente... De forma surpreendente o espião de maior notoriedade planetária mergulha no seu universo Kafkiano e Freudiano através de uma intriga que, sem prejuízo da dinâmica habitual de espectaculares cenas de acção, surge modelada de feitos de thriller psicológico... Essa sugestão é induzida, desde logo, pelo tema musical do prólogo – " Skyfall " – que abdica da vertente mais galvânica e explosiva em favor de uma representação mais melancólica, assegurado pela interpretação exímia d a cantora a solo Adele... "Fragilidades" e "Origens" são o s conceitos apropriados para qualificar o novo filme de James Bond . Fragilidades porque n este episódio, 007, sem perder a sua aura de agente especial, enfrenta inúmeras debilidades psicossomáticas na forma de fantasmas psicológicos e recalcamentos que revisita m o seu passado pessoal, pondo à prova a sua

RAINHAS E PRINCESAS MODERNAS – (Reflexão)

Mundos cor-de-rosa, contos de fada, histórias de amor e aventuras de encantar... Qual o espírito que não frui ou se eleva com essas felizes vivências idílicas?  Na nossa sociedade emancipada onde aparentemente a "conveniência" deixou de ser casamento, as pessoas parecem ansiar por colorir amizades e relacionamentos, assim como a sua imagem e personalidade com matizes de um romantismo medieval. Contra mim próprio falo, visto que sempre fui mais sapo sempre a saltar de charco em charco do que príncipe... Quanto muito seria apenas um príncipezinho... O certo é que cada vez mais se denota o cair em desuso do modelo burguês do "bom partido"... Elas – opinion makers nesta matéria – consideram além da posse, o enlevo, a sensibilidade, a pose e a cortesia. Assim sendo, a expressão ganha jus e sentido e o "príncipe encantado" cavalga alado de boca em boca. Marxistas e materialistas estavam radicalmente enganados. A emancipação não se alcança pela condição

TRILOGIA BATMAN – Cristopher Nolan; Christian Bale (2005-2012)

Batman Begins (2005) Batman The Dark Knight (2008) e Batman The Dark Knight Rises (2012) formam a trilogia épica da mais recente ficção cinematográfica de Batman, actualizando a estória d o super-herói através do cunho do realizador Cristopher Nolan. Os novos filmes de Batman primam pela mudança e renovação, sobretudo em razão de conferirem à saga alto grau de realismo. As versões anteriores – em especial as dirigidas por Tim Burton – modelavam-se p elo rocambolesco e fantasia. A abordagem actual pauta-se pelo grau de verosimilhança atribuído à trama e ao enredo, atributos que personificam o próprio espírito de Batman, o s uper- h erói sem super poderes que demonstra as suas capacidades heróicas mediante a argúcia como estratega , perícia marcial e utilização de tecnologias de ponta ou de última geração .  Esse realismo resulta sobretudo das cenografias que conciliam o virtual com o real, sem privilegiar apenas a montagem e composição em estúdio. Com efeito, a gravação

LIVING THINGS – Linkin Park

Prova de vida para Linkin Park, com o lançamento do seu novo álbum Living Things . Não só ainda mexem e remexem como demonstram novamente toda a sua qualidade. Vivos desde 1996, caracterizam-se pelo estilo de fusão – algo que me agrada bastante –, demonstrando competências e à vontade para criar ou executar em diferentes ritmos e quadrantes musicais.  Desde bandas como Queen, aprecio todas as manifestações musicais que personificam sincretismo polifónico, tanto no plano de cada single ou canção como na esfera mais temática dos álbuns. Da mesma forma que os Queen tinham um estilo próprio catalogável no Pop-rock, Likin Park enquadra-se no Metal Alternativo. Contudo esse estilo funde-se com outras tendências e ritmos, num sincretismo constituído pela matriz "Metal" modelada pelo Hip-Hop , Punk-Rock e Electro . Ainda assim, aqui e ali exibem-se influências do Post-Grunge e do Trash .  Mas o que verdadeiramente define as grandes bandas é a sua acústica. Linkin Park

EURO 2012 – (Crónica)

  O Euro 2012 pôs o "Polvo" a falar francês. Era o que mais faltava. A Itália fratelli não poderia nunca deixar passar em claro essa apropriação indevida. Com efeito, esta Itália não perdeu o "Pirlo" e pumba, está na final. O desfecho e decisão deste Europeu será sempre insólito. Voltará o "Polvo" à pátria?! Ou vai ser comido pelos hermanos da paella ?! Entre cousas pátrias e mais dentada menos dentada não podia faltar um português. De facto já começava a faltar um pouco de "Proença" a toda esta disputa. A filosofia pode aclarar ainda mais toda esta confusão. Vejamos o silogismo. O "Polvo" vaticinou Visigodos (Espanha) e Teutões (Alemanha) na final. Só acertou em metade do vaticínio. Mesmo antes do jogo acontecer auguro que seria bonito o seguinte desfecho: A Itália ganha ficando a Espanha apenas com a "Platini". Aliás, antes mesmo da meia final entre squadristi e merkels um certo Custódio da guarda ale

PROMETHEUS – O Regresso de ALIEN

Prometheus é um filme assinado por Ridley Scott, transparecendo-o desde logo, quer no apelo estético e visual que induz, quer nos cenários majestosos, riqueza de pormenores e perfeita osmose entre cultura natural e cultura construída. O sincretismo entre paisagens naturais e objetos virtuais reproduzem grande acuidade sensorial e profusão de perceções, que deslumbram de tal maneira, a ponto de esquecermos o efeito de thriller que, além do suspense, plasma momentos de horror ou terror. Rapidamente, constatamos que Prometheus é uma prequela da saga Alien , dotado de todas as características de suspense, aventura, ação e terror que laurearam esse universo cinematográfico e imaginário da ficção científica. Denotam-se outras influências: Blade Runner, 2001 Odisseia no Espaço, Avatar e até um travo de Star Trek e Star Gate .     A prequela consiste na especulação sobre as origens do Homem e dos Aliens ... Como o próprio título do filme sugere, trata-se de descobrir o segre

SOBRE O EFÉMERO... – (Reflexão)

O efémero vive! Nas nossas acções, atitudes e comportamentos perpetuamos-lo. É uma nova forma de espiritualidade e até de religiosidade.  Não se trata de uma novidade absoluta. Friedrich Nietsczhe em opúsculos como A Origem da Tragédia e Assim Falava Zaratustra anunciou o primado da estética sobre a ética. Mais. Que nas gerações vindouras os valores éticos seriam praticados e determinados pela estética. Dorian Gray no universo literário ficcional viveu e consubstanciou essa axiologia até aos seus extremos. Poder-se-ia ainda identificar neste apelo que o efémero induz um legado helénico. Com efeito, a atracção por aquilo que é belo – além do espaço que ocupa na arte – foi um dos axiomas da filosofia pré-socrática, socrática e aristotélica que tinha por metas a ascensão dialéctica a grandes valores personificados na Verdade, no Bem e no Belo. Contudo, a realidade demonstra que estamos perante um fenómeno mundial. Efeitos disseminadores da Globalização? Exportação do American Way o

AVENGERS – A Moda e Legado dos Super-Heróis

Os Super Heróis estão na berlinda. Será apenas mais uma moda efémera ou quem sabe o redescobrir de um elo de ligação entre a Humanidade? As psicologia e sociologia colectivas sempre se nutriram de ideais personificáveis em indivíduos e agentes que encarnam determinado desejo, ambição ou objectivo. De igual modo, na nossa psique individual acariciamos sentimentos de heroicidade. Outrora a Civilização cognominou tais entes como Paladinos. O pós-modernismo conhece-os apenas como super-heróis. Entre os mais notáveis e celebrados, registem-se alguns. Os heróis Homéricos e da mitologia greco-macedónica, agindo pelo espírito da Odisseia, Ilíada e Troiana. Os romanos por aculturação e assimilação integraram nas suas referências sócio-culturais o panteão helénico e acrescentaram mais alguns heróis movidos pelo espírito da Eneida. Nos dólmens da memória, civilizações ancestrais esculpiram os seus heróis como acontece com a mitologia Asgardiana, Norte Europeia, vulgarmente denominada d

CHUCK – Zachary Levi

Existem duas reacções possíveis quando vemos Chuck. Adoramos ou detestamos. Acção, comédia e aventura são características exibidas ao longo das suas 5 temporadas. O seu principal apanágio está na assumida feição jocosa inspirada na imagética dos 80's que pode tornar a gargalhada em algo demasiado icónico, dependendo do grau de refinamento revelado. O storyboard reporta-se ao universo da espionagem, dos agentes secretos da CIA, modelado ao estilo de filmes como James Bond, Missão Impossível, Bourne – só para referir os mais conhecidos do grande público –, fundidos no dizer do seu criador e produtor executivo Josh Schwartz com séries como Alias, The Office e o filme Virgem aos 40 anos. Chuck – personagem principal interpretada por Zachary Levi – é um nerd na casa dos 20 e poucos anos que dirige a "Nerd Herd" da cadeia de lojas "Buy More". No início da série, recebe um email contendo um programa de computador conhecido como intersect, consubstanciando série

HUGO 3D – Martin Scorsese

   Criei um certo receio ao investir em filmes 3D, porque na verdade uma boa parte desse entretenimento não o justifica, ainda mais em "época de austeridade"... Mas como em tudo na vida a curiosidade da expectativa sublimou o "temor" pecuniário e e nalteceu a vontade! Scorsese  – o realizador de Hugo 3D – é um exemplo de classe e erudição... Os seus filmes eivam características de épica e elegância... P ura "classe"... Mas qual seria o resultado de convergir os aspectos mais clássicos da cinematografia com a sua inovação técnica d o 3D digital mais recente? O resultado é Hugo 3D... Mas a sua validade e fascínio induzidos – para lá da mestria de Scorsese e do soberbo suporte 3D – residem na "est ó ria"... Hugo é um menino que vive no Paris dos anos 20, e que fica orfão... Filho de um relojoeiro, o seu universo e cosmovisão centram-se no mecanismo dos artefactos, lugares e pessoas... A metáfora técnica que o filme apresenta é humanista express