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A mostrar mensagens de 2015

SPECTRE – As origens de James Bond

Spectre o mais recente filme de James Bond/007, à semelhança do penúltimo, intitulado Skyfall e de um modo geral das caraterísticas das tramas, personagens e do regresso às origens que pautam a era do ator Daniel Craig no papel principal, mantém a toada melancólica, algo soturna a par da densidade e feição de thriller psicológico sem prejuízo do suspense, intensidade e componente espetacular das habituais e icónicas cenas de ação e aventura. Desse modo, permanece como pano de fundo a descoberta do universo Kafkiano e Freudiano do "Às" da espionagem mundial, com licença para matar, ao serviço de sua Majestade, na medida em que o desenrolar desta missão obriga Bond a enfrentar novamente os fantasmas e sombras do seu passado. Com efeito, neste novo episódio cinematográfico, James Bond é na realidade irmão adoptivo do vilão Franz Oberhauser/Ernst Stavro Blofeld que arquitetou pacientemente – aspeto induzido pela forma de representar do galardoado Cristoph Waltz – uma

THE MARTIAN – O Legado de Ridley Scott

No filme The Martian , o realizador Ridley Scott prova uma vez mais, a predileção e métrica especial para desenvolver cinema de ficção científica dentro da temática ligada ao espaço sideral. Cognominado de "criador de universos", consegue reproduzir com grande acuidade e profusão sensorial, a atmosfera e ambiente inóspito do planeta Marte a par da civilização material ou tecnológica projetada e construída pela Agência Espacial Norte-Americana (NASA) – num futuro não muito distante –, no sentido de realizar expedições ao planeta vermelho, de modo a avaliar e determinar as potencialidades e formas de colonização, destacando-se no plano ficcional, as físicas e o décor dos módulos da nave de transporte Hermes. Nessa perspetiva, o cineasta majora a aptidão no âmbito das tramas de sobrevivência extraterrestre. Desta feita, não temos aliens como em ALIEN: o 8.º Passageiro (1979) ou na sua prequela Prometheus (2012), mas imergimos no drama pessoal vivido pelo astronaut

SAIA MAIS UM "ANIMAL POLÍTICO" – (Sátira)

Nutro o sincero desejo que os políticos sejam de facto governantes ao invés de meros alvitreiros, preferencialmente sem poses, tiques ou acessos de snobismo. No plano nacional muito distante está a erudição oitocentista inerente à mordacidade viperina das Farpas de Ramalho Ortigão, assim como à argúcia política de Almeida Garett e Alexandre Herculano, apenas para referir algumas personalidades. Infelizmente hoje não temos verdadeiramente política em Portugal, na perspetiva da sua essência, doxa e ciência. Temos sim uma inúmera classe de políticos, ex. jotinhas, profundamente egotistas, bem como deputadas dondocas que não são mais do que o seu look coquete, vislumbrando-se a falta de currículo, de uma formação de base satisfatória, meros produtos de marketing e politiquice partidária, vive m de subvenções super remuneradas face à representatividade e dimensão do país, adscritos ao clientelismo incomensurável e burocracias parasitárias, porventura nem sequer personificam competênc

CHANDELIER – O balouçar de SIA

Chandelier constitui o single musical composto e interpretado pela cantora australiana veterana S IA Furler, que a posteriori encabe çou a lista de trilhas sonoras incorporadas no seu 6.º á lbum de estúdio intitulado 1000 Forms of Fear, trabalho discográfico de grande representatividade e alcance refletid os n o sucesso comercial mundial, aliás, integr ou o Top 5 dos rankings musicais mais renomados por país, circunst â ncias que granje ram à artista da Oceania a inclusão pela primeira vez na sua carreira a solo, no Top 10 e Hot 100 do Billboard . A natureza acústica de Chandelier cativa, seduz e conquista de modo sinestésico as perceções e os sentidos, aspetos que alicerça m a sua extrema longevidade no universo Pop , mesmo após ter decorrido ano e meio do seu lançamento. A letra da música apesar de banal e mundana representa uma metáfora ou problematização sobre as contiguidades e as interdependências entre o alcoolismo e a sociabilidade. A fruição musical

BAD ASHLEY – (Reflexão)

Sem nenhuma amargura ou sequer estupefação perante qualquer tipo de comportamento afetivo e sexual, até porque parafraseando o aforismo salomónico "não existe nada de novo debaixo do sol", observo e afirmo com laconismo que me parece de todo bacoco e incauto esta industrialização e comercialização da infidelidade/adultério via web , prometendo como leitmotiv facilidade de "engajamento" e privacidade absoluta miscigenada quiçá com a fantasia de "nunca sermos descobertos"!  Diria que somos presas fáceis no ciberespaço, na medida em que todo o conceito desse negócio se sustenta na intermediação e por muito bom que seja o algoritmo, ao ser desenvolvido por humanos e opera r na internet, a promessa de sigilo e confidencialidade reduzem-se a vã ilusão. Todo este pensamento na sequência do "escândalo" relacionado com o hackear do site Ashley Madison dedicado à extraconjugalidade.  Paradoxal é que neste pedaço do mundo e civilização oc

DRONES – Muse

  Drones é o mais recente á lbum musical de Muse, talentosa banda de Rock britânica. A dinâmica sustentada na composição de originais catalisa um universo Sci-Fi inspirado na imagética pós-moderna concernente às distopias, presentemente em voga, enquanto género literário e cinematográfico de ação e aventura de cunho mais ou menos juvenil, sem deixar de sobressair alguns aspetos de base utópica, bem ao estilo de George Orwell e porque não mencionar outro mestre da arte de narrativa futurista sombria, mais recente, Stephen King.  As letras das músicas transportam-nos para um horizonte planetário beligerante, dominado pela insegurança e jogos de inteligence conforme sugere o título do trabalho discográfico . A ameaça de uma terceira guerra mundial e a perda de decisão e da liberdade individual decorrentes da progressiva claustrofobia digital e tecnológica em que o mundo se transforma como se fossemos telecomandados e vigiados à distância parecem ser problemáticas e metáforas ex

"DAD BOD" – (Reflexão)

Dad bod , um novo estereótipo estético e da sexualidade emergiu na pop culture sistémica em que consiste esta nossa aldeia global, consignando perceções e representações da realidade e do imaginário, gizadas pelas auto denominadas sexy girls que quiçá saturadas dos instintos queer ou laivo hardcore indutor de comportamentos de fornicatio objetivados em recorrentes episódios de traição e extraconjugalidade por parte de metrossexuais, entre outros, enveredaram por tal cosmovisão menos criteriosa, dir-se-á uma fase fluffy ! A meu ver esta necessidade de quantificar e qualificar afetos e relacionamentos miscigenados com padrões de figurinos resulta em tremenda piroseira e o que é sexy deixa de o ser porque redunda no mais abominável comportamento humano, preconceito e discriminação. Mais. Colocámos o prazer, a realização e a felicidade emocional como se fossem questões de competição e campeonatos. Enfim, a civilização da informação e do entretenimento é mestre na cultura do vazio

SÉRIES DE TV: SCI-FI, AVENTURA, SUSPENSE E ANIMAÇÃO – 2015

Último post relacionado com séries , apenas para referir alguns interesses e gostos pessoais por diferentes formatos e géneros integrados nas minhas preferências de telespectador. POLICIAL The Blacklist : Raymond Reddington mestre do crime organizado e personalidade misteriosa, entrega-se e associa-se ao FBI, colabora com a agente especial Elizabeth Keen, apresenta uma lista negra de criminosos referenciados e procurados pela agência de segurança norte-americana, suscitando uma cruzada policial e de segurança nacional com contornos de conspiração governamental, que envolve a política oficial, interna e externa , em paralelo com maquinações da CIA, bem como indicia o congemina r de esquemas e interesses obscuros.  James Spader, ex. Dr. Daniel Jackson no filme Stargate de 1994, enquanto personagem principal e na sua condição de ator veterano, catalisa carisma, snobismo e uma voz protuberante que lhe granjeou inclusive a participação em Avengers: Age of Ultron , precisa